terça-feira, 17 de abril de 2012

Culturismo em Lourenço Marques na década de 60.

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Prof. Rui Baptista. Mens Sana...

... et Corpore Sano.


Culturismo em Lourenço Marques. Da esquerda: Adolfo Figueiredo, (?), Manuel Carvalho (Baião), (?) e (?). Ao fundo à direita, o Clube Naval e a Ponta Vermelha.




Leong e Walter no Clube Naval de Lourenço Marques, anos 60.




Os craques da pesca submarina de Moçambique, no Clube Naval. Na imagem, de pé da esquerda: Nuno Quartin, Leong Siu Pun, Sérgio Peres e Rafael Amorim ("Rafa"). De joelhos: J1 e Luis Mendol.



Conferência na Sociedade de Estudos de Lourenço Marques.
Apresentação do palestrante, Prof. Rui Baptista.




O esplêndido edifício do templo maçónico de Lourenço Marques, na Avenida 24 de Julho, em meados dos anos 1920.  Poucos anos depois veio o novo regime e o edifício foi convertido na Escola Industrial - onde o Prof. Rui Baptista ajudou a formar gerações futuras.


O Prof. Rui Baptista, na Costa do Sol, na companhia de um dos seus seis filhos, Nuno Eduardo.


Notícias, 3 de Julho de 1973.






Mário Rui Resende a mostrar o físico, com 14 anos, em Lourenço Marques.



Os Pesos e os Halteres - A Função Cardiopulmonar e o Doutor Cooper,
novo livro do Prof. Rui Baptista
 



Diário, 3 de Julho de 1973.
 

Vista parcial da assistência à conferência na Sociedade de Estudos de Lourenço Marques






Um tema actual e que interessa a todos. Qualquer debate sobre a problemática «Culturismo em Lourenço Marques na Década de 60» terá sempre, como referência incontornável, o nome do Prof. Rui Baptista. Aqui o evocamos, à sua figura e ao seu porte. Evocamo-lo a vários títulos. Mas, sobretudo, em nome das gerações que formou. Para uma análise mais aprofundada – neste singelo texto quisemos, tão-só, deixar uma brevíssima nota evocativa – poderá obter aqui informação desenvolvida sobre o magistério do Prof. Rui Baptista. É fundamental compreendermos o papel do Prof. Rui Baptista no âmbito do citado magistério, e, bem assim, o seu contributo profundo, e também decisivo, para quaisquer abordagens, actuais e futuras, do tópico «Culturismo em Lourenço Marques na Década de 60». 
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Bem elucidativo do interesse que esta questão desperta  é o conjunto de comentários que as intervenções «Mens Sana in Corpore Sano, Prof. Rui Baptista, 2011» e «Sobre o Culturismo», sucitaram aqui. Entre os diversos e relevantes comentários, procede-se a uma breve resenha:   

  1. Com agradável saudade “revi” o bom amigo Carvalho (Baião), na fóto aqui inserida.Lembro-me que as duas moças estavam também ligadas ao desporto e o 3º elemento masculino, à direita, também era praticante de
    no ginásio do Ferroviário L.M.

    Não posso deixar de lembrar que o Baião (Carvalho) ,homem alto, deu origem por oposição, ao (Carvalhinho)
    Carlos da Conceição António,homem baixo,outro bom amigo,também ele culturista do G.Ferroviário de LM.

    O ambiente vivido no ginásio do Ferroviário de L.Marques era francamente bom, recordo que repartiamos o espaço
    com os praticantes de outras modalidades de ginástica, o culturismo no palco e as outras modalidades no restante recinto.
    Em cada treino era necessário transportar para o palco ,pesos ,barras, bancos e o apoio para a barra de agachamentos.
    Que diferença dos ginásios de hoje. Era preciso bastante motivação e esta era-nos dada pelos filmes épicos com os
    heróis musculados e pelo saber de orientação de como fazer cada exercício, que nos era transmitido pelo Dr. Rui Baptista.

    Até breve
    Comentário por Adolfo Figueiredo — Fevereiro 16, 2011 @ 7:59 pm
  2. Meu Caro Adolfo: Era uma época em que a sociedade nos via quase como proscritos de uma modalidade desportiva que só a carolice e o grande entusiasmo de todos nós fazia por trazer à luz das coisas valiosas para a própria saúde dos seus praticantes. Como escreveste no teu comentário, a própria direcção do Ferroviário apenas nos concedia a “graça” de nos deixar treinar no palco do ginásio com honras de cedência do espaçoso ginásio para a prática da então chamada Ginástica Aplicada: argolas, barra fixa, saltos no tapete, etc.
    Lembro-me bem de um dia em que o Vasconcelos (nosso colega de treino) nos apareceu no palco do Clube Ferroviário com o livro do Doutor Cooper com um ar quase apavorado pelo mal que este papa do exercício físico ( preparador físico dos astronautas americanos) dizia dos pesos a ponto de afirmar: “Na minha especialização as aparências enganam. Alguns homens excepcional e fisicamente aptos, testados em nossos laboratórios, eram de meia-idade, franzinos inclusive, de vez em quando surgia um meio barrigudo. Os mais inaptos que tivemos eram rapazes fortes, com má condição cardíaca. Desculpem se o que acabo de dizer desfaz qualquer ilusão sobre cinturas finas e bicípetes volumosos como chave de boa saúde. Não influem, nem garantem.” (“Os pesoos e hateres, a função cardiopulmonar e o doutor Cooper”, p. 24).
    Vivia-se então uma época em que eram atribuídos ao pesos e halteres (sob a forma de Culturismo) três perigosos malefícios: 1. Fazer mal ao coração; 2. Prender os músculos; 3. Evitar o crescimento normal do esqueleto humano. Eram tempos omniosos em que só as minhas explicações da fisiologia do exercício físico contrariavam e a vossa fé em mim e nas minhas ideias e no meu próprio exemplo fizeram com que nada nos demovesse dos nossos intentos fazendo-nos prosseguir nessa vilipendiada prática.
    Refiro até e bem a propósito. Aquando da preparação física que dei às nadadores e nadadores moçambicanos, que participaram com enorme brilhantismo nos Campeonatos Nacionais/58, dizia-se à boca cheia nos mentideros de Lourenço Marques que se estava a cometer um verdadeiro crime contra a saúde desses nadadores tornando-os mais lentos por os pesos “prenderem os músculos”. Santa ignorância!
    O Adolfo, o Carvalhinho, o Baião, o José Coelho e tantos outros pertencem a uma época de pioneirismo pouco posterior ao treino que os culturistas americanos faziam em garagens, com pesos livres (por exemplo, Steve Reeves herói mitológico de filmes italianos, como Hércules) tão longe dos ginásios sofisticados modernos cheios de máquinas e maquinetas transformados, por vezes, em centros de convívio social. E isto para já não falar das substâncias anabolizantes que conseguem em meses musculaturas monstruosas que levavam anos a conseguir, fazendo com que o ideal da beleza helénica se tenha perdido e, muito pior do que isso, num acto criminoso mesmo, com prejuízo para a própria saúde dos seus praticantes como, por exemplo, cardiopatias, impotência sexual, doenças hepáticas desde cirroses a tumores, etc.
    Muito pouco foi dito do muito que haveria, e haverá, a dizer. Pode ser, até, por o meu livro “Os pesos e halteres, a função cardiopulmonar e o doutor Cooper” se ter esgotado aquando do lançamento, dele venha a publicar alguns excertos neste blogue. Um grande abraço de gratidão pelo teu comentário.
    Comentário por Rui Baptista — Fevereiro 17, 2011 @ 11:36 am
  3. Amigo Adofo
    Estou grato pelas tuas palavras,e tambem pelo facto que ainda te recordas,daqueles tempos da nossa juventude.Parece que foi tudo hontem,que treinamos no Ferroviario debaixo da constante atencao do Doutor…sempre a ver os exercissios que eu fazia depois de ter lido na revista do tempo”S&Health”!!!.(USA)
    Tempos em que se treinava,em condicoes nao aceitaveis hoje,e mais importante,sem anabolic steroids,o meu braco,43.5cm consegui so com puro treino nunca tomei ou injetei productos quimicos,o que infelizmente nao acontece hoje.E para aqueles que diziao que os musculos iao todos para gordura,tenho mas noticias…para eles/as,com 66 anos de idade,(ano passado) ainda corria em provas de natacao de mare aberto de, 2000 ,5000 metros. dentro do groupo da minha idade 65/70 So um problema fisico (Prostate Cancer) e o tratamento sao a causa de nao ter nadado os ultimos 12 meses,mas vou voltar a competir…nao e uma promessa ,e um facto.Um abraco de Laurentino,no sul do Pacifico. Baiao

    Comentário por Manuel (Baiao) Carvalho — Fevereiro 21, 2011 @ 8:17 am
  4. Meu Caro Baião: Li o seu comentário onde dá conta da doença da próstata que o afligiu e que, felizmente, está vencida. A sua vontade férrea de antes quebrar do que torcer contribuiu, pela certa,para isso. Vontade férrea, ou seja de um homem dos “ferros”.
    Agora só falta mesmo voltar aos seus treinos de natação com os músculos flexíveis que o treino com pesos (Culturismo) lhe deu, para além da excelente forma física da fotografia que nada fica a dever a muitos culturistas americanos à época, com excepção do imortal Steve Reeves. Na época, o Arnold ainda era um desconhecido.
    O Adolfo, estou certo, muito vai gostar de ler o seu comentário. No meu caso, está à vista o prazer de tornar a ter notícias suas. Um abraço de um laurentino de alma e coração. Rui Baptista
    Comentário por Rui Baptista — Fevereiro 21, 2011 @ 2:47 pm
  5. Amigo Carvalho (Baião),a maior satisfaçao é saber que conseguiste ultrapassar ,estou certo , uma das etapas mais difíceis da tua vida.Estou convencido que com a tua força de vontade e a natação, todo o resto será mais será uma barreira vencida.
    Se vieres de férias a Portugal,não deixes de informar,seria óptimo juntarmo-nos com o Dr.Rui Baptista(está fantástico,não sei que “mitombos” toma,pois nem rugas tem) e o Carvalhinho .
    Um abraço e até breve.Adolfo

    Comentário por Adolfo Figueiredo — Fevereiro 25, 2011 @ 4:13 pm
  6. Associo-me, de alma e coração, a este reencontro de Amigos proposto por ti, meu caro Adolfo. Mesmo sem procuração do Carvalhinho,estou certo estar ele pronto para essa almoçarada e a beber connosco uns copos. Em nome `de nós três, convidamos, desde já, o Godinho, o Jack Palance e quem se quiser associar à farra.Um abraço, para ti e outro para o Baião. Rui Baptista.
    Comentário por Rui Baptista — Fevereiro 25, 2011 @ 8:20 pm
  7. Adolfo,meu bom e estimado amigo de um tempo,em que viviamos para estudar,pesos,e um pouco de “show”…no meu caso o “Pavilhao”…quando uma coca cola custava 2$50 e um pacotinho de amendoim com acucar(Ha que crime,acucar!!!) custava ,uma quinhenta!!!
    Visitei Portugal a talvez 35 anos,por um periudo de 5 dias,vi os cafes do Rossio??? vi algumas pessoas de LM,mas nunca mais retornei,a idea que tinha de Portugal,foi bastante diferente da realidade.
    Nao calculas como grato e senssibelidado estou com a tua e do Doutor,idea de um almoco,seria eutopia,mas,nao vejo ir a Portugal uma possibilidade,alem de ti,o Doutor,e uns primos direitos,que nao vejo desde a ultima vez que ai estive,nada mais me intressa dessa terra que nos vendeu.Como o elefante,tenho memoria longa!!!.Portugal nao precisa de mim,mas eu muinto menos preciso de Portugal.Vivo extremamente confortavel neste Pais,que hoje chamo tambem meu,Australia,aqui fiz a minha vida,aqui vou morrer,satisfeito.
    Um abrac o de amigo genuino,talvez um dia nos encontramos todos,num outro lugar,para o qual todos vamos,seria fantastico fazer mais um,Bench press,um press militar,uns dorcais na Lat.machine!!!Boa sorte,Baiao

    Comentário por Manuel (Baiao) Carvalho — Fevereiro 26, 2011 @ 12:34 pm
  8. Caros Amigos Prof. Rui Batista, Adolfo Soares de Figueiredo e Baião: Gostei muito de ler os vossos comentários! O SR Prof. Rui Batista foi meu Prof. de Ginástica na antiga Escola Industrial; O Adolfo, foi meu colega na mesma Escola e meu vizinho na Av. Afonso de Albuquerque, perto da Escola Industrial, onde nos juntávamos com o Aníbal “Nini”; o Baião, conheci-o no “Pavilhão da Praia” (há muito demolido). Andei na ginástica aplicada no Ginásio de LM (primeiro na Casa das Beiras, depois no Ginásio, ao lado do “Zambi” e depois no Clube Ferroviário de LM com o Prof. Júlio Roncon, antes de ele ter emigrado para o Canadá, salvo erro. Lembro-me de ver-vos a treinarem “pesos e halteres” no Clube Ferroviário de LM, julgo que em 1963, depois das sessões de treino de ginástica. Lembro-me de que havia um sujeito aí com uns 40 anos na altura, que era porteiro no cinema Gil Vicente, que também pratiocu nessa altura pesos e halteres mas não me recordo do nome dele. O meu Pai era muito conhecido nos meios desportivos, foi durante muitos anos massagista do Ferroviário de LM e também foi Enfermeiro-Chefe dos CFM. Se me quiserem contactar, aqui fica o meu e-mail: josecamposcomet@netcabo.pt
    Vivi muitos anos na Àfrica do Sul, onde me distingui na Astronomia, tendo em 1978 descoberto um cometa a que a União Internacional de Astronomia deu oficialmente o meu nome, juntamente com o de um colega astrónomo japonês: O cometa chama-se Haneda-Campos D/1978 R1 e pelos meus trabalhos na Astronomia, fui agraciado com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique (1984). Presentemente, estou reformado e vivemos em Setúbal. Um forte abração para vocês deste português moçambicano de nascença, José Alberto Campos
    Comentário por José Campos — Fevereiro 18, 2012 @ 9:28 pm

3 comentários:

  1. ...sempre desconfiei de malta com a mania do físico. Prof Rui Baptista, por amor de Deus, basta! se a flacidez não o aflige a mim sim, o sr sofre da mesma doença que eu? então porque tem as carnes tão descaídas? quem lhe tirou a fotografia não o avisou? será que faz exibições no quarto diante da esposa? já se perguntou se ela aprecia? ou será que lhe bastam as travessias na praia da barraca à beira mar e em casa diante do espelho? será que usa fio dental na intimidade? ( e na praia também?) será que ainda 'o' consegue levantar? e se não, como consegue conviver com o facto? será que se depila e aplica óleos? e tem varizes? tenha juízo deixe-se de merdas, se acha que mantém o vigor pelo menos da cintura para cima olhe que há p´raí muita enxada sem dono...
    pior que bicha só bicha velha!!!

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    1. Com esse arzinho de intelectualóide de meia-tigela não engana ninguém. O meu desprezo por caras de parvo como a sua só merece o escarro do meu desprezo. Pena é não o poder fazer na sua cara de maricas.

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    2. Acabo de ler no seu comentário: "se a flacidez não o aflige a mim sim., o senhor sofre da mesma doença que eu?" Perante a sua situação, peço-lhe desculpa do meu comentário anterior que foi motivado pelo direito que me assiste em reprovar a insinuação que deixou na última linha do seu comentário.

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