quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A testemunha.







 
A mulher na fotografia chama-se Michelle Lyons e vive no Texas. Segundo conta o Texas Monthly, nesta reportagem notável, começou a trabalhar em 2001 no Texas Department of Criminal Justice, mais precisamente na prisão de Huntsville, tendo várias tarefas, entre as quais testemunhar as execuções que aí se realizam. Ao longo dos anos, quer como antiga repórter, quer como funcionária estadual, presenciou 278 execuções. Ao início, Michelle anotava o que sentia num diário, mas deixou de o fazer. Durante os anos em que esteve em Huntsville, Michelle só falhou três execuções: uma, no dia do seu casamento; outra, quando se encontrava de licença de parto e outra, por fim, quando acompanhava os jornalistas que faziam a cobertura de uma fuga de reclusos. Hoje, Michelle Lyons já não trabalha no Texas Department of Criminal Justice. O seu antigo chefe reformou-se mas continua a ser testemunha. Testemunha de defesa, nos processos que possam resultar na aplicação da pena de morte. Michelle não é uma adversária aberta da pena capital, mas questiona os novos métodos que estão a ser utilizados. Ela e o seu antigo chefe insurgem-se contra as drogas que agora são frequentemente usadas nas injecções letais. Drogas que levaram, por exemplo, a que no passado mês de Julho, no Arizona, Joseph Rudolph Wook tenha agonizado durante duas horas antes de morrer. «Contorcia-se como um peixe fora de água», disse um repórter que presenciou o episódio macabro. O Estado do Texas tem restringido o acesso dos jornalistas às salas de execução.
 
 

1 comentário:

  1. Bom aí esta uma das coisas difíceis de perceber.Dizem que estão a adotar drogas mais baratas por questões económicas.Bom há opções mais baratas como enforcamento,guilhotina e mesmo creio que o fuzilamento.Ou se é contra a pena de morte e ponto.Sem exceções ou se cai numa de bem em certos casos e tal...então sejamos (sejam)sinceros e honestos e não venham chorar lágrimas de crocodilo pelo sofrimento daqueles que acham que deve morrer pelo crime de que foi julgado culpado.Bom talvez seja ainda mais difícil de perceber como se condenam menores e se espera que sejam maiores para executar a pena ou mesmo a pessoas consideradas inimputáveis e que posteriormente por subirem o sei QI foi considerado responsável e tau!.Não estou a inventar nada.

    ResponderEliminar