terça-feira, 31 de março de 2015

De profundis.

 
 
 
 
 
«Muita gente achava que eu era parolo».
 
(Nuno Gama, estilista, Sol/Tabu, de 13/03/2015)

De profundis.

 
 
 
 
 
«Quero que de um homem que esteja a usar Nuno Gama dos pés à cabeça se diga: “Que grande pinta! Isto não é um homem, é um TGV, é um avião!”. É isso que quero».
(Nuno Gama, estilista, Sol/Tabu, de 13/03/2015)

De profundis.

 
 
 
 
«em casa de ferreiro espeto de pau»
(Nuno Gama, estilista, Sol/Tabu, de 13/03/2015)

De profundis.

 
 
 
 
 
«Eu evoluí, os meus clientes evoluíram, cada vez tenho mais clientes de uma estratosfera mais exigente e faz sentido ir ao encontro disso.»
 
(Nuno Gama, estilista, Sol/Tabu, de 13/03/2015)

De profundis.

 
 
 
 
«Continuo a ler Camões, Fernando Pessoa… Quero fazer parte desse património. É aqui, neste Portugal dos pensadores e dos desafios que me revejo e que quero estar, não no Portugal medíocre».
 
(Nuno Gama, estilista, Sol/Tabu, de 13/03/2015)

segunda-feira, 30 de março de 2015

Vidas singulares: Catrine da Costa.

 
 
Catrine da Costa (1956-1984)
 
 
 

Catrine da Costa, uma prostituta de 28 anos de idade, viciada em heroína, desapareceu em 10 de Junho de 1984. Fora casada com um português, de quem tinha uma filha – mas, que eu saiba, a imprensa portuguesa não noticiou o caso, nem procurou falar com o ex-marido.
         O crime, horrível, causou imenso clamor na Suécia. O corpo, desmembrado, foi encontrado em sacos de plástico, em duas ocasiões diferentes – 18 de Julho e 8 de Agosto –, em dois locais distintos, à distância de um quilómetro. Não foi possível determinar com rigor a causa da morte, pois a cabeça e os órgãos vitais de Catrine nunca foram descobertos. A cabeça, as vísceras, um peito e os órgãos genitais foram removidos, e jamais localizados. Catrine foi identificada pelas impressões digitais.
 
 
 
 
        A polícia de Estocolmo, que continuou  na senda dos criminosos, andava assoberbada em descobrir a pista do assassino de Olof Palme e, por isso, não teve grandes meios para dedicar a esta investigação. Dois médicos – um dos quais, um patologista forense que trabalhava no Karolinska Institutet – foram acusados, julgados e absolvidos. Contudo, a decisão judicial do segundo julgamento não lhes foi completamente favorável, e os médicos recorreram, sem sucesso, para o Supremo Tribunal da Suécia e para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Mais tarde, pediram indemnizações pelos danos que tudo isto lhes trouxera. De novo, sem êxito. (aqui e sobretudo aqui)
         O caso encheu as páginas da imprensa sueca, suscitou documentários televisivos, deu pretexto a vários livros. Incendiou o debate sobre a prostituição na Suécia, que, como se sabe, criminalizaria a aquisição de serviços sexuais.
 
 
 
 
         Segundo parece, a macabra morte de Catrine da Costa inspirou Stieg Larsson na escrita da sua trilogia de thrillers. O primeiro volume da saga Millennium chama-se, não por acaso, Os Homens que Odeiam as Mulheres, e é um livro ensombrado pela crueldade mais bárbara, perpetrada por homens brutais. Larsson, que presenciara uma violação quando tinha 15 anos de idade, sempre foi um ardente adversário da violência contra as mulheres. Porque há homens que as odeiam? Porque mataram e esventraram sadicamente Catrine da Costa? Uma vida singular – pelas piores razões.  
 
 
 

Portugal, a austeridade pitoresca.

 
 
 
 
 
 

Westerly, Rhode Island.

 
 



Fotografias de Onésimo Teotónio de Almeida






domingo, 29 de março de 2015

Armando Sevinate Pinto (1946-2015).

 
 
 
 
         Andávamos pelos Açores, com vacas e mares ao fundo, quando me falou de «uma rapariga nova que apareceu agora, a cantar com um vozeirão». Que tenha sabido da existência de Amy Jade Winehouse através de Armando Sevinate Pinto é coisa que não me surpreende. Apesar de ter nascido em 1946, o Armando sempre foi muito mais novo do que eu. Aliás, era essa sua juventude de espírito que o levava a ver o mundo com uma candura e uma ausência de cinismo que, isso sim, são coisas que me surpreendem.
 
         Não é fácil definir aquilo a que se chama «um senhor», ainda que saibamos de imediato sempre que um deles nos aparece pela frente. O Armando Sevinate Pinto era um senhor pois não precisava de fazer nada para sê-lo. Era assim, o charme em pessoa, com uma naturalidade completa, sem ademanes mundanos nem pretensiosismos caricatos. Foi o único homem que conheci que se comportava exactamente da mesma maneira no meio de um campo de terra ou sob as luzes de um salão dourado. A fleuma afectuosa, a autenticidade total.
 
         Dele falarão melhor os que melhor o conheceram. Por mim, resumo-o assim: era incapaz de ter sentimentos maus. Imune à inveja e à vaidade, de nada guardava rancores ou ressentimentos, tendo enorme complacência pelas misérias dos outros. Por isso, atravessou a vida em suave felicidade.  
 
O ano começa aziago: primeiro Miguel Galvão Teles, depois Manuel de Lucena, agora Armando Sevinate Pinto. É uma geração que passa, está certo. Mas duvido que a seguinte seja melhor do que esta. Que agora parte, aos poucos.
 
António Araújo  





sábado, 28 de março de 2015

Wumo, o melhor humor do mundo.

 
 
 















 













Utøya.

 
 







Na Noruega projecta-se um memorial às vítimas do bárbaro massacre perpetrado por Anders Breivik na iklha de Utøya, em Julho de 2011. Algumas das famílias das 69 vítimas rejeitam o projecto de Jonas Dahlberg, de que aqui se deixa uma «visualização». Goste-se ou não do projecto, importa recordar as vítimas do fanatismo de Breivik. Saíram três livros, pelo menos, sobre o caso. Uma síntese de todos esses livros foi publicada pela New York Review of Books. O texto é uma extraordinária digressão pelos extremismos, pelas controvérsias decorrentes da presença islâmica na Noruega, uma leitura obrigatória.    

De Marçano a Milionário, por Augusto Santa-Rita.

 
 
 



 
 
 
Com o corpinho moído pela sova que apanhara, três minutos depois Roque adormecia. Sobre outra enxerga, num canto oposto, Esmeraldinha, impressionada pela bárbara cena a que assistira, não conseguia conciliar o sono.


sexta-feira, 27 de março de 2015

A Vida dos Animais. Os Cães.

 
 

Cão puchando o carrinho de uma leiteira flamenga

Box, o cão da polícia e o seu protector o polícia 1119

Pastora da Serra da Estrella com o seu cão

Os bons amigos