quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Grande Semana do Livro Maroto e até Escaldante.

 
 
 
 
A obra:
M. Salvador (s.d.). A Mulher Demónio ou A Fidalga Cigana. Lisboa, Casa Editora Nunes de Carvalho. 4 vols.
"É um pequeno romance que consta de 4 volumes. $70 cada fascículo. Fora de Lisboa $80." [$=centavos]
"Grande sucesso. O mais extraordinário romance de amor."
 
Do I Vol., p.65:
 
"De repente na sua frente surgiu um homem.
Era uma farda, era um tenente!
- Oh Toni! exclamou Georgina.
O mancebo tomou-a por a cintura e estreitou-a a si.
- Sim, murmurou, o Toni, que te adora. Georgina e que te não deixará jamais!
- Oh balbuciava a jovem. Toni, meu Toni!
[...]
- Oh, meu amor, meu anjo, tudo eu farei por ti!
Renegaria o próprio culto, se fosse necessário! Georgina, diz, que queres que o Toni faça? manda, ordena! Ele cumprirá todos os teus desejos e caprichos! Oh! diz-me que mate e eu matarei, diz-me que perdoe e eu perdoarei!
- Oh Toni, obrigado, murmurou a jovem, tu ensinaste-me a amar, e o que eu sinto é decerto muito amor por ti!
Os seus olhos brilhavam, o sangue desvairado corria.
O tenente sentiu uma vertigem; era homem...
Lembrou-se porém a tempo do seu casto e puro amor."
 

1 comentário:

  1. Mancebo e tenente já é obra. E quando um homem sente vertigens, até se sente brigadeiro! Uma coisa não percebi. O Toni renegava que culto? E quando um homem surge assim de repente na frente, não será antes um génio da lâmpada?
    Ai Toni, Toni, fica quieto, moço!

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