sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Ai, Weiwei.





O último ou penúltimo TLS tem uma bela crítica a uma exposição do artista chinês Ai Weiwei na Royal Academy of Art, que estará patente até 17 de Dezembro.          

         Não é este o momento para apreciar a obra de Weiwei, que tem coisas boas e outras um bocadito joana vasconcelos (ninguém é perfeito). Só queria recordar que, como se conta aqui, a LEGO se recusou a disponibilizar a Weiwei uma quantidade substancial de mercadoria (a pagar, julgo) com o argumento de que a empresa dinamarquesa não se envolve em «obras políticas». Como?! Ainda há uns meses, no MOCAK, o Museu de Arte Contemporânea de Cracóvia, vi  e escrevi aqui sobre uma exposição chamada «A experiência de Auschwitz», em que uma das obras apresentadas, data de 1996, se chama KZL Lego, de Zbigniew Libera (n. 1959) e foi feita em parceria com a LEGO. Isso não é «política»? Para quem tenha dúvidas, recomendo um livro recente, sobre o qual falarei em breve: de Gabriel D. Rosenfeld, Hi Hitler! How the nazi past is being normalized in contemporary culture.

         Um artista perseguido como Weiwei… que vergonha para a LEGO! Medo das retaliações? Avidez pelo mercado chinês? Que vergonha...
 
António Araújo

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