domingo, 10 de abril de 2016

Ética a Nicotinómano.




 

Tabaco em Latim é Nicotiana tabacum, vocês não sei. Considerem-se apresentados.
 
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Ética aplicada a fumadores e não-fumadores: Não devemos discriminar nem censurar. Os julgamentos morais são dispensáveis. Para julgar os não-fumadores existem os tribunais.
 
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Os cientistas afirmam que fumar é prejudicial à saúde. O Latim é a língua universal da Ciência. Exigimos, por uma questão de rigor científico e transparência, que todas as advertências e leis aprovadas contra o tabaco sejam impressas exclusivamente em Latim.
 
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Fumar pode matar. Não fumar também.
 
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Os fumadores fazem sexo antes do cigarro, ao contrário dos não-fumadores.
 
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O charuto está para o divã do mesmo modo que o divã está para o charuto.
 
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Uma parte considerável da população mundial deve a sua existência a uma pergunta: «Posso pedir-lhe um cigarro?».
 
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A tosse nocturna é a dor de cabeça que os pulmões inventam quando não querem ter relações com o tabaco.
 
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Os cigarros electrónicos são como a inseminação artificial: perde-se a melhor parte.
 
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Evite fumar na presença dos filhos, crianças, adolescentes, grávidas, idosos, animais, etc. O fumo do seu cigarro é exclusivo e à sua medida, não serve a mais ninguém.
 
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Não fume em jejum. Comece por mascar uma porção de tabaco.
 
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A expressão «fumar o cachimbo da paz» nunca trouxe miséria ao mundo.
 
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Se fumar no quarto, tenha sempre uma cama ao lado do cinzeiro.
 
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Um restaurante sem cinzeiros é um estábulo.
 
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Fumar diariamente tem os dias contados: são 365.
 
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Se os cemitérios tivessem talhões separados para Fumadores e Não-Fumadores, chegaríamos rapidamente a uma conclusão científica.
 
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As abreviaturas A.C. e D.C. significam Antes do Cigarro e Depois do Cigarro.
 
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Deixar de fumar é um retrocesso civilizacional.
 
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Fumar Mata o Vício.
 
 
 
 
Nota do Autor: o título Ética a Nicotinómano foi inspirado no título da obra Ética a Nicómaco de Aristóteles, filósofo grego.



Ricardo Álvaro

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