domingo, 26 de junho de 2016

Fan Ho (1937-2016).

 
 


















 
Não percebo porquê, mas as notícias sobre o PhotoEspaña não dão o devido destaque à melhor exposição que por lá está, uma retrospectiva de Vivian Maier na Fundação Canal. Só por isso, já vale a pena ir a Madrid, pois em Lisboa dificilmente veremos a Maier e o seu génio discretíssimo. Julgo que também não foi dado o merecido  relevo à morte, ocorrida há pouco, de um mestre dos mestres, Fan Ho. Chamavam-lhe o «Cartier-Bresson de Hong-Kong», o que é uma forma muito disparatada de definir a sublime beleza das fotografias de Fan Ho, que fez o elogio da sombra naquela cidade assombrosa. No entanto, mais do que as sombras agrestes, o que mais me fascina a mim –pobre amador e ignorante completo – na obra de Fan Ho  é a delicadeza da luz coada, filtrada por vidros e panejamentos, caindo sobre ruas buliçosas ou águas ondulantes. Uma luz fina, subtil, que torna Fan Ho um caso muito sério e muito belo da street photography do Oriente Extremo. Como sempre o que vem de lá, esta foi trazida pelo Pedro, a quem agradeço muito. Site oficial do fotógrafo, aqui.

 

 

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